A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
Renata de Campos Valentim1
A partir da década de 70, a violência passou a ser uma das principais causas de morbi-mortalidade, principalmente na população de adolescentes e adultos jovens das grandes cidades (Minayo & Souza, 1998).
De acordo com o Ministério da Saúde, (2001, p. 15) o conceito de violência intrafamiliar “não se refere apenas ao espaço físico no qual a violência ocorre, mas também às relações no qual se constrói e efetua”.
À medida que a violência é uma das formas de manifestação externa da agressividade natural do homem, a história da civilização traz consigo, por consequência, registros de diferentes tipos de violência. (Algeri, 2001).
Todo ato ou omissão praticado por pais, parentes ou responsáveis contra crianças e/ou adolescentes que – sendo capaz de causar danos à vítima é caracterizado como violência. De acordo com Guerra e Azevedo (2001), devemos considerar quatro tipos de violência: - Violência Física - corresponde ao emprego de força física no processo disciplinador de uma criança, é toda a ação que causa dor física, desde um simples tapa até o espancamento fatal. Geralmente os principais agressores são os próprios pais ou responsáveis que utilizam essa estratégia como forma de domínio sobre os filhos.
- Violência Sexual - é todo o ato ou jogo sexual entre um ou mais adulto e uma criança e
adolescente,
tendo
por
finalidade
estimular
sexualmente
esta
criança/adolescente, ou utilizá-lo para obter satisfação sexual. É importante considerar que no caso de violência, a criança e adolescente são sempre vítimas e jamais culpados e que essa é uma das violências mais graves pela forma como afeta o físico e o emocional da vítima.
- Violência Psicológica - é toda interferência negativa do adulto sobre as crianças formando nas mesmas um comportamento destrutivo. Existem mães que sob o
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Fisioterapeuta e Especialista em Estudos de Psicologia da Família
pretexto da