A vida na cidade
(As vastas reformas urbanas empreendidas a partir de 1903 no Rio de Janeiro, miravam em cheio a liberdade de ocupação dos espaços públicos e privados das áreas mais centrais da capital. Tinham esperança de garantir a transformação social e cultural da cidade, e obter um cenário decente e atraente aos fluxos do capitalismo internacional.)
Fim escravidão. Migração e imigração. A aurora do regime republicano dava-se em meio as transformações demográficas e sociais, que liberavam populações, e franqueava novos destinos geográficos às esperanças de sobrevivência de muitos dos velhos e novos brasileiros.
Ex- escravos viam as grandes cidades como novas possibilidades de vida.
Tumulto de desordem” foram palavras fácil e comumente aplicadas à dinâmica das capitais já republicanas.
Urgia “civilizar” o país, moderniza-lo, espelhar as potências industriais e democratizadas e inseri-lo, no trânsito de capitais.
A partir desse ponto começou a se pensar nas intervenções de Haussmann na antiga França, como possíveis soluções para as capitais brasileiras.
Primeira cidade brasileira a sofrer um amplo projeto de reformas após o advento republicano, referenciado no exemplo “civilizador” da Paris Hausmanniana, foi Rio de Janeiro. Seria alvo das mais variadas tentativa de controle das moradias, no sentido de harmonizar as vizinhanças e estender a à dimensão coletiva pública, os padrões de privacidade controlada e estável.
A ineficiência dos procedimentos fiscalizadores, somavam-se a limitada dimensão das intervenções oficiais, incapaz de dialogar com o fluxo contínuo de habitantes que acorriam à capital da república.
O quadro precário das habitações cariocas, que eram semelhantes em todos país, refletiram nas altas taxas de mortalidade, pela sucessão de surtos de cólera-morbo, febre amarela, entre outros, mesmo na corte.
Para se frear esses surtos de epidemias, era preciso arrancar do Rio de janeiro essas habitações que eram