"O professor autoritário, o professor licencioso, o professor competente, sério, o professor incompetente, irresponsável, o professor amoroso da vida e das gentes, o professor mal-amado, sempre com raiva do mundo e das pessoas, frio, burocrático, racionalista, nenhum desses passa pelos alunos sem deixar sua marca". Paulo Freire Todas as vezes que tive de repensar a minha metodologia enquanto professora foi quando eu percebia que um aluno não conseguia entender um conteúdo, apesar de se esforçar, ou pior ainda, quando eu não conseguia despertar nele o interesse pela minha aula. Hoje, estou me questionando a respeito dos projetos que sonhei, ainda sonho e tento concretizar dentro do ambiente escolar para realizar-me como pessoa e profissional: será se o que eu faço tem a ver com os objetivos da educação que o meu país pretende? Será se o que eu faço corresponde aos objetivos e princípios da educação? Quando eu conto uma piada, escuto outra, ouço desabafos que falam de sonhos, projetos de vida, angústias, decepções, alegrias, recebo e passo mensagens carinhosas estou deixando de ensinar? Será que eu tenho de deixar de gostar de gente, de música, de teatro,de gincana,de sorriso para ser professora? Afinal professor só ensina. Ensina o quê? como? Não posso negar que estou neste exato momento questionado a eficiência do produto final que pretendo ter no término de cada aula, cada dia, de cada mês, de cada ano. Quando eu ouço esta pergunta: que tipo de gente pretendo formar? Reflito e penso que é pretensão demais querer formar ,é muito amplo, quero apenas contribuir na formação de alguém acreditando que as marcas deixadas pela minha passagem ficarão para sempre, pois logo me vem a memória uma consideração que acredito ser inegável: o professor, não importa em que nível do ensino atue, tem o poder de marcar a lembrança de seus alunos. Afinal, quem não se lembra daquela professora, que nos apresentou o mundo das primeiras palavras? Ah! Onêdes