A vida em preto e branco
Uma noite, um misterioso técnico de televisão (Don Knotts) percebe o imenso conhecimento de David sobre Pleasantville e oferece aos garotos um controle remoto especial. Ao apertar um botão, David e Jennifer são sugados para dentro da TV, transformados nos filhos em preto-e-branco de George (William H. Macy) e Betty Parker (Joan Allen), a família perfeita do seriado: Mary Sue e Bud.
Enquanto "Bud" tenta convencer a irmã de que eles devem viver de acordo com as regras imutáveis do seriado para não abalar o mundo equilibrado dos personagens, a voluntariosa Jennifer logo coloca sua insatifação a serviço de uma saudável anarquia. Depois de despertar a libido do capitão do time de basquete, a ordem de Pleasantville nunca mais será a mesma. o mundo insípido de Pleasantville, não existe arte, nem sexo, nem incertezas, nem chuva. Papai sabe tudo, mamãe empaturra a família de panquecas no café da manhã, o time de basquete nunca perde, e a vida segue um curso inócuo e previsível.
Com a descoberta de prazeres e possibilidades insuspeitadas em seu universo estático, a cidadezinha começa a se tingir com cores vivas, contrastando com a mesmice monocromática e com os defensores da antiga Pleasantville, ressentidos com a destruição de seu acalentado status quo. Os sentimentos edulcorados dão lugar à raiva, paixão, ciúme e insatisfação, que acabam colorindo a cidade com os tons da vida como ela é, em efeitos visuais impressionantes, desenvolvidos especialmente para o filme. Dono da lanchonete onde Bud trabalha, Mr. Johnson percebe sua paixão pela arte e pinta,