A vida do idoso asilado
Qual é a saída mais adequada quando a família não dá conta de cuidar sozinha de seu idoso? E quando o idoso não tem família ou não construiu relações sólidas no decorrer da vida? O envelhecimento é uma das maiores conquistas da humanidade e como tal deve ser tratado. O crescimento da proporção de idosos é resultado da combinação de dois fatores: queda da fecundidade e ampliação da longevidade. Somente nos últimos 30 anos, a expectativa de vida aumentou, em média, 10 anos no Brasil. E a quantidade de filhos por mulher caiu pela metade – hoje é de 1,8 filho. Em 1950, o País era o 16º do mundo em número de velhos. As projeções indicam que, até 2025, será o sexto. Por volta de 2035, haverá mais idosos do que crianças e adolescentes.
Esse crescimento desperta-nos para uma consciência da velhice como uma questão social. O envelhecer faz parte da vida, corresponde a uma fase do curso da vida em que mudanças físicas, psicológicas e sociais acometem cada pessoa, de forma muito particular. Essas mudanças vindas com a velhice tendem a ser levadas de forma negativa em nossa sociedade, que segue um modelo capitalista, cuja base está centrada na valorização do homem de acordo com sua capacidade produtiva. Desse modo, não tendo mais a possibilidade de produção de riqueza, a velhice perderia seu valor simbólico.
A partir, principalmente, da década de 80, quando um aumento da terceira idade acontece no Brasil, diferentes grupos de convivência passam a existir no país. Desde então, surge uma rede de instituições de prestação de serviços com o objetivo de prover aos idosos cuidados integrais à saúde. O asilo foi uma dessas primeiras instituições, preocupado em suprir necessidades básicas como alimentação e moradia aos idosos.
A questão das instituições de idosos é um assunto delicado, visto que sua aceitação como alternativa de suporte social ainda não completa, embora seja indiscutível o aumento da demanda por este serviço. Desta forma, é necessário traçar o perfil