A vida de Sócrates
Clarice Teixeira de Souza1
A cidade de Atenas era a mais importante do período de 500 a 300 a.C. vivia, contudo, em constantes revoltas devido às guerras contra os espartanos, que a invadiram tempos depois, retirando do povo grego grande parte de seu prestígio e independência político-democrática.
Naquele mesmo período vivia Sócrates, um pensador cercado de seguidores. Por meio de seus entendimentos, baseados na sabedoria de seus antecedentes, Sócrates auxiliava a busca pela verdade. Passava grande parte do tempo a entender como as pessoas eram tão previsíveis. Seguia o caminho da reflexão e raciocínio, como forma de desvendar a origem das coisas, do mundo e até do que viria. Por causa disso, causava admiração, inclusive nos jovens, a quem dedicava maior atenção e auxílio, pois se tratava de um povo em plena ascensão no conhecimento e sabedoria.
O renomado filósofo nunca cobrava por seus ensinamentos, pois acreditava que o conhecimento não tinha preço e que era algo que ninguém tiraria de você, ou seja, a sabedoria não podia ser vendida. Para ele, ninguém poderia elevar-se por ter sabedoria, pois se tratava de algo natural e concedido a todos, sob pena de se incorrer em um gesto sem simplicidade e humildade. Dever-se-ia, sim, reconhecer que nada sabia.
Sócrates também era admirado não só pela exposição de pensamentos, avançados para a época, mas também pelo fato de a sociedade não ter o costume de pensar. Contudo, seus atos o conduziram ao ódio de inúmeros rivais, sendo, mais tarde, julgado por crimes que não cometeu e condenado à morte por envenenamento. A ele a morte foi imposta, embora tenha deixado como legado que a morte não deveria ser encarada como uma mal, mas como um meio para se alcançar o bem.
Traçando-se um paralelo dessa época com os dias atuais, nota-se que há, nas bases sociais, muitas pessoas que exercem o mesmo papel que Sócrates: o professor. Muito embora a classe não possua muitos incentivos