concepção a vigilância representa a possibilidade de organizar proces¬sos de trabalho em saúde num território delimitado para enfrentar problemas por meio de operações montadas em diferentes períodos do processo saúde-doença. Além disso, essa vertente aponta para a necessidade de mudança do processo de trabalho com a incorporação de outros sujeitos, gerentes de serviços, técnicos e representantes de grupos organizados da população.A existência dessas três diferentes vertentes, como resultado de diver¬sas formulações e de experiências práticas também diversas, faz com que, ao se falar em “vigilância da saúde”, seja necessário perguntar: “Mas, de que vertente da vigilância da/na/em saúde você está falando?” Ou então “de que conjunto de ações você está falando?”No seu uso corrente – e, por que não dizer, no uso do “senso comum” –,o termo “vigilância da saúde” é algumas vezes substituído mecanica¬mente por “vigilância em saúde”, como se fossem sinônimos. Mesmo com essa relativa confusão, é importante realçar que, nesse sentido corrente, os dois termos carregam uma conotação muito positiva de possibilidade de ação menos fragmentada em relação às vigilâncias.Para refletirCom base em sua experiência como gestor do SUS, você considera que mudanças no nome do serviço ou no organograma podem resultar em renovação de práticas e tornar as ações menos fragmentadas? Por quê?Lembre-se de anotar suas reflexões. Outro ingrediente dessa polêmica é o modo diferente de formas de divisão de atribuições nas três esferas de governo, entre as vigilâncias e o que se faz em cada uma delas. Veja alguns pontos.Na esfera federal de governo existe uma 1. separação mais ou menos clara de atribuições e, mais clara ainda, de instituições em relação à vigilância sanitária – Agência Nacional de Vigilância Sani¬tária (Anvisa) – e à vigilância epidemiológica e ambiental em saúde que, desde 2007, passou a incorporar também a saúde do trabalha¬A Saúde