A Vida Cotidiana na Roma Antiga
Cleiton Aparecido Basílio¹
Kelly Cristina Aparecida Basilio²
O presente livro de autoria de Pedro Paulo Abreu Funari, Bacharel em História (USP 1981), Mestre em Antropologia Social (USP 1985) e Doutor em Arqueologia (USP 1990), autor de dezenas de livros publicados no Brasil e no exterior, apresenta diversos apontamentos sobre as manifestações culturais de escravos, mulheres e representantes de diversos setores sociais da Roma antiga, destacando os costumes e o cotidiano durante o auge do Império e apresentando semelhanças e reminiscências com as manifestações culturais contemporâneas .
Entre as questões abordadas pelo autor, vale ressaltar a ênfase dada a importância dos trabalhos científicos e descobertas arqueológicas como fontes para pesquisas historiográficas. Por meio dessas fontes, como a analise documental e os estudos arqueológicos em grafites e pinturas parietais em Pompéia, Funari compôs sua obra, dividida em seis capítulos, dando início ao tema com a descrição e definição de culturas erudita e popular, referindo-se a cultura erudita como um conceito de respeito e obediência às regras estabilizadoras, conservadoras e às manifestações artísticas elitistas, em contraponto com a definição de cultura popular, apresentada como resultado da espontaneidade e ausência de regras, geralmente ligada às raízes da terra natal.
Ainda sobre a cultura elitista e a cultura popular, o autor explica, citando uma análise dos grafites de Pompéia, o contraponto entre a elite romana, que se constituía a partir de uma auto-imagem baseada na cultura do ócio, representando a perpetuação das tradições (mós), e a plebe, que freqüentava teatros, anfiteatros, prostíbulos, bares, cultos aos deuses, lutas entre gladiadores e entre homens e feras, compunham suas próprias canções, trovas e danças, tornando o cotidiano atraente e emocionante. O autor também menciona, ainda