A vida Continua

O filme mostra o desrespeito com a dignidade do ser humano através do descaso das autoridades diante de uma doença brutal e ameaçadora que se não descoberta a tempo poderia devastar a humanidade. Enquanto a AIDS só afetava homossexuais, as autoridades nada fizeram somente depois que uma pessoa bem sucedida e influente foi contaminada e deu publicidade ao caso, as primeiras providências de contenção foram tomadas. Mostrou também a falta de ética do Dr. Gallo, que só estava preocupado satisfazer o seu próprio ego. exemplo o que aconteceu aqui há uns anos atrás com os hemofílicos, que por causa de transfusões de sangue alguns foram infectados, e em nada tinham a ver com grupos de risco, estavam simplesmente a ser tratados à sua doença. E, aí pergunto eu, quem é o responsável por aquilo que aconteceu? Também vão ser descriminados por terem adquirido o vírus? Não, aí a sociedade já vê a situação de outra forma e age perante estas pessoas sem discriminação. Então porque é que não é assim com todos?
Como já referi anteriormente, este filme passa-se no final da década de 80, onde a homossexualidade e a SIDA eram encaradas de uma forma muito pior do que são encaradas hoje, logo o “Andrew” pode não ter agido correctamente aos nossos olhos visto pelo prisma dos dias de hoje, mas na altura era a melhor solução para poder salvar o seu emprego, já que em tempos tinha tido provas de que os sócios eram totalmente contra a homossexualidade, o que se veio a provar mais tarde aquando do seu despedimento por causa destas duas razões.
Pelo desfecho do processo de tribunal podemos concluir que mesmo nesta altura já existiam pessoas que conseguiam ver para além dos preconceitos que existiam, tanto que lhe deram razão e obrigaram os sócios da empresa a pagar indemnizações, apesar de ficar a ideia no ar de que eles vão recorrer. Mas, para mim, a ideia principal foi passada, em tribunal os preconceitos, por instantes, foram ultrapassados.
Ao descobrir que pessoas estavam sendo