A vida conjugal na velhice: Formação e perspectivas para o futuro

A VIDA CONJUGAL NA VELHICE:
FORMAÇÃO E PERSPECTIVAS PARA O FUTURO

Jessica Somensi Comin1
Bibiana Guimarães
Suelin Kunz

Resumo: O presente estudo teve por objetivo observar a construção e as perspectivas de um casal na velhice. Para isso foram utilizados os seguintes instrumentos: entrevistas semiestruturadas, questionário com base na Teoria do Desenvolvimento de Erik Erikson, e um Escala de Crenças em Relação a Idosos de Neri (1991), o trabalho tem caráter qualitativo, com análise de dados. Os participantes exploraram toda sua história de maneira que fosse possível perceber um panorama da vida conjugal. Diante das entrevistas obteve-se uma vertente positiva em relação a qualidade das construções vividas. Concluiu-se que os valores são muito importantes para a evolução de uma conjugalidade saudável.
Palavras-chave: Casal. Casamento. Valores. Velhice.

Introdução
O casamento é e sempre foi um evento social em muitas culturas. No Brasil ele é tomado como um símbolo de união e priorizado por muitos casais. Segundo pesquisa realizada pelo IBGE o número de casamentos realizados aumentou nos últimos anos, no entanto os divórcios também cresceram, a média de duração que era de 17 anos em 2007 passou para 15 anos em 2012 (Folha de São Paulo, 2013). Ao buscar casais para a realização da pesquisa se percebeu que ainda existem matrimônios com longa duração e com bom relacionamento entre os parceiros. Segundo Fonsceca e Duarte (2014, p. 136) “Entre os significados que assumem, as expectativas de que se revestem e os conflitos que inexoravelmente nelas se atravessam, as relações de intimidade têm como substrato a afetividade, nomeadamente o amor”.
As uniões conjugais da atualidade estão se configurando de modo que não há prioridade aos valores e ao respeito. Casais se unem e se separam com maior facilidade, demonstrando uma desconsideração ao parceiro e a si mesmo. A partir dessas condições, as pesquisadoras buscaram realizar um trabalho que fosse possível