A via visual ventral
Caraterize a via visual ventral e as síndromes que lhe estão associadas.
A via visual ventral tem origem na área visual primária (V1) e progride através das estruturas ventral temporal e occipital até às zonas anteriores do lobo temporal. Esta via permite o processamento da informação visual, transforma os inputs visuais em representações perceptuais, permitindo a identificação e o reconhecimento dos objectos, da cor e forma (Milner et al., 2007). O sistema ventral possibilita informação visual que irá ajudar na identificação dos objectivos do objecto, permitindo que os outros sistemas cognitivos possam planear e implementar a acção (Milner et al. 2007).
Lesões nas áreas constituintes da via ventral podem dar origem a diversas síndromes. A acromatopsia por exemplo caracteriza-se pela perda parcial ou completa da visão das cores (Sacks et al., 1987). A agnosia visual é um outro tipo de síndrome, que se designa pela perda de capacidade do reconhecimento visual e a agnosia verbal, consiste na alteração na identificação das letras e números. Distingue-se dois tipos de agnosia, a agnosia aperceptiva, que se refere à incapacidade na percepção dos objectos e a agnosia associativa, em que não existe o reconhecimento de objectos. A prosopagnosia define-se como uma incapacidade no reconhecimento de faces e a alexia refere-se à perda de capacidade de leitura.
Bibliografia
Milner, A. D., Goodale, M. A. (2008). Two visual systems re-viewed. Neuropsychologia, 46, 774–785
Sacks, O. & Wasserman, R. (1987). The case of the colorblind painter. The New Yorker Review of Books, 34 (18).
Carla Conceição
4º Ano do Mestrado Integrado em Psicologia