A vertente marxista
Pobreza, Desigualdade Social, Política Pública, Assistência Social.
A história brasileira é marcada pela pobreza e pela desigualdade social. Os recursos destinados ao seu enfrentamento nunca foram suficientes para seu efetivo combate. Talvez o seu auge esteja nos anos 80, a chamada década perdida, pois, neste período, a pobreza torna-se tão gritante que passa a ser o tema central da agenda social, haja vista a extrema distância observada entre os poucos ricos e os muitos miseráveis, verificando-se antinomias entre pobreza e cidadania.
Fica evidente que a pobreza constitui violação aos Direitos Humanos e que políticas públicas devem ser implementadas com o fito de erradicá-la, garantindo a todos os cidadãos igualdade de oportunidades, de participação social, bem como a distribuição de rendas, sempre visando a emancipação do ser humano.
O serviço social tem uma rica trajetória de trabalho direto com a população e de proximidade com o modo de vida cotidiano das pessoas. No exercício profissional, o assistente social desenvolve ações voltadas para a mobilização e organização da comunidade, de modo a contribuir na conquista e garantia dos direitos do cidadão. Neste sentido, mesmo reconhecendo o alcance circunscrito da política de Assistência Social no combate à pobreza e na diminuição das desigualdades não se pode desconhecer seu significado como direito. Mesmo limitada pode contribuir na ampliação da cidadania ao proporcionar acesso a recursos e serviços sociais, possibilitando, além disso, que de mero beneficiários a população assuma no exercício do controle social seu protagonismo, que a Assistência Social seja efetivamente dever do Estado e direito do cidadão. É no cenário do movimento de reconceituação e em seus desdobramentos, que se definem de forma mais clara e se confrontam