a verdade
Thiago Lucas Ferreira Rodrigues
1. A Verdade e o Conhecimento
a) Noção de verdade.
Segundo Platão: “Verdadeiro é o discurso que diz as coisas como são; falso é aquele que as diz como não são”. Aristóteles não se distancia de Platão ao afirmar que: “Negar aquilo que é e afirmar aquilo que não é, é falso, enquanto que afirmar o que é e negar o que não é, é a verdade”.
Já para Santo Agostinho, “Verdade é aquilo que é como aparece”, também aquilo que revela o que é, ou que se manifesta. Nesse sentido identifica a verdade com o Logos, que é a primeira manifestação imediata e perfeita do ser, ou seja, de Deus.
Para Santo Tomás de Aquino, “A verdade é a adequação entre o intelecto e a coisa”. Porém, assim como Aristóteles, Tomás afirma que as coisas são a medida da verdade e não o intelecto. A não ser no caso de Deus. Deus é a primeira e suprema verdade. A verdade das coisas se refere aquilo em que as coisas se assemelham com o seu princípio que é Deus.
Ainda no período medieval, com Guilherme de Ockham, a verdade perde o valor metafísico e assume significado lógico, semântico.
E Hobbes, Locke e Leibniz rejeitam a visão metafísica de verdade como atributo do ser, para designá-la como concordância entre as proposições que estão no espírito e as coisas.
Wolff também dirá: “concordância do nosso juízo com o objeto, ou seja, com a coisa representada”.
E por fim, Kant afirma que a verdade é o Acordo do conhecimento com o seu objeto.
b) A Verdade e o Ente
Tudo o que existe é ente, essa é uma definição aristotélica. Como vimos acima, Tomás de Aquino afirma que a verdade das coisas, melhor dizendo, do ente se refere aquilo no qual ele se assemelha ao seu principio originário, ou seja, o próprio Deus. É justamente por isso que um dos seis transcendentais do ente é o verum ou verdadeiro.
c) A Verdade no Conhecimento
Como vimos acima, todas as propostas acerca da noção de verdade quase que de forma unânime, apresentam a verdade como