A verdade dos fatos - Como o inchaço de assessorias de imprensa enfraqueceu a prática do jornalismo
Nas audiências feitas devido a esse acontecimento – o maior da história de 2010 – tinham mais assessores de imprensa representantes de grandes corporações do que jornalistas. Segundo dados do US Bureau of Labor Statistics (Departamento de Estatísticas do Trabalho dos EUA), pesquisadores descobriram que o número de jornalistas caiu drasticamente, enquanto os de assessores de imprensa cresceu em níveis extraordinários.
“Em 1980, havia menos de meio assessor de imprensa (0,45) por 100 mil habitantes em comparação a 0,36 jornalista. Em 2008, já era quase um assessor de imprensa (0,90) para cada 100 mil habitantes em comparação a 0,25 jornalista. É uma proporção de mais de três para um, sendo que eles são mais bem equipados e remunerados do que os jornalistas”.
Enquanto a receita de agências de relações publicas mais que dobrou, o jornalismo tradicional fez exatamente o caminho contrário, as receitas dos jornais caíram pela metade em 2009. A recessão teve um papel grande nessa queda, inclusive do telejornalismo que não anda bem das pernas ultimamente. O risco da crescente quantidade de assessorias de imprensa é que os interesses das empresas representados pelos RP (termo usado para Relações Públicas) serão capazes de gerar falsas impressões, filtrar, distorcer e dominar o debate público sem que o