A valorização da saúde pública
Exemplo disso é o Hospital Geral de Nova Iguaçu. Municipalizado em 2002, ele atende a demanda muito maior que a capacidade de financiamento do município. Sua despesa mensal gira em torno de R$ 13 milhões, mas o Ministério da Saúde só entra com R$ 4,3 milhões — até março, esse valor era de R$ 1,4 milhão. O estado tem ajudado: doou remédios e equipamentos, mas não entra na divisão das despesas. Ou seja: todos os meses, para a conta fechar, o município teria de entrar com R$ 8 milhões. Como não dispõe disso, acumulam-se dívidas de mais de R$ 120 milhões. Há fornecedores cobrando faturas de cinco anos atrás.
O Hospital da Posse não pertence só a Nova Iguaçu, mas a toda a Baixada. A precariedade do funcionamento da atenção básica de toda a região, a falta de leitos e o fechamento de pelo menos hospitais municipais vizinhos impactam diretamente na unidade. Cerca de 50% dos seus atendimentos são de moradores de fora da cidade, mas a conta cai no colo de Nova Iguaçu.
Apesar de ter herdado uma cidade falida, com as finanças em frangalhos, o prefeito Nelson Bornier tirou dinheiro do Tesouro Municipal para reformar o Ambulatório, botar ar-condicionado nas enfermarias e melhorar a situação geral da unidade, então abaixo da crítica.
Temos ido além das nossas forças para garantir o pleno funcionamento da Posse e oferecer um atendimento mais digno e humanizado. Mas não podemos continuar sozinhos. Precisamos da ajuda mais efetiva do governo federal para manter essa unidade de saúde tão importante para a Baixada Fluminense. Se não for assim, o Hospital da Posse não sairá nunca da