A URBANIZAÇÃO CAÓTICA CIDADES E VILAS
Assinalamos que o Brasil, surgindo embora pela via evolutiva da atualização histórica, nasceu já como uma civilização urbana. Vale dizer, separada em conteúdos rurais e citadinos, com funções diferentes, mas complementares e comandada por grupos eruditos da cidade. A primeira é Lisboa, que não conta. Nossa primeira cidade, de fato, foi a Bahia, já no primeiro século, quando surgiram, também, o Rio de Janeiro e João Pessoa.
No segundo século, surgem mais quatro: São Luís, Cabo Frio, Belém e Olinda. No terceiro século, interioriza‐se a vida urbana, com São Paulo; Mariana, em Minas; e Oeiras, no Piauí. No quinto século, a rede explode, cobrindo todo o território brasileiro.
No curso desses séculos as cidades cresceram e se ornaram como portentosos centros de vida urbana, só comparáveis aos do México. Os holandeses enriqueceram Recife. A riqueza das minas se exibiu em Ouro Preto e outras cidades do ouro, engalanou a Bahia e, depois, o Rio. A valorização do açúcar translada os senhores de engenho para Recife e para a Bahia, onde ergueram seus sobrados e viveram a vida tão bem descrita por Gilberto Freyre (1935). A independência derramou quantidades de lusitanos
Fins do século XVI: número de cidades ‐ 3, número de vilas ‐ 14
Fins do século XVII: número de cidades ‐ 7, número de vilas ‐ 51
Fins do século XVIII: número de cidades ‐ 10, número de vilas – 60
POPULAÇÃO DAS PRINCIPAIS CIDADES E VILAS
Fins do século XVI: Salvador ‐ 15.000, Recife/Olinda ‐ 5.000, São Paulo ‐ 1.500, Rio de Janeiro ‐ 1.000
Fins do século XVII: Salvador ‐ 30.000, Recife ‐ 20.000, Rio de Janeiro ‐ 4.000, São Paulo ‐ 3.000
Fins do século XVIII: Salvador ‐ 40.000, Recife ‐ 25.000, Rio de Janeiro ‐ 43.000, Ouro Preto ‐ 30.000, São Luís ‐ 20.000, São Paulo ‐ 15.000
POPULAÇÃO DO BRASIL:
Fins do século XVI: 60.000
Fins do século XVII: 300.000
Fins do século XVIII: 3.000.000
Tabela 2 "BRASIL ‐ REDE URBANA COLONIAL Fonte: Estimativas