a ultima cronica
27.10.2013 | 02:03 inShare Adriana Ferraz, Bárbara Ferreira Santos, Marina Azaredo, Paulo Saldaña e Victor Vieira, Guilherme Soares Dias, Pedro Sibahi, Juliana Diógenes, Luísa Roig Martins, Luiz Fernando Toledo, Matheus Maderal e Mel Bleil Gallo, Especial para o Estado - O Estado de S.Paulo
Temas de atualidades esperados por professores, como manifestações de junho e visita do papa, ficaram de fora do Enem. Questões de direitos humanos, segregação racial e demarcação indígena ganharam espaço na prova, cujo bloco de Ciências da Natureza (biologia, química e físicas) foi considerado o mais difícil, segundo a maioria dos participantes. Uma questão que trazia a palavra "gazolina" - o correto é gasolina com 's' - virou piada na internet. O MEC defendeu que o texto reproduzia a grafia antiga.
"Não foi uma prova difícil, mas muito cansativa", disse a estudante Nathalia Ribeiro, de 20 anos, que fez a prova na Vila Maria, zona norte de São Paulo. Matheus Saboya, de 17 anos, fez a prova em Pinheiros e concordou com o baixo nível de dificuldade, mas se disse "decepcionado com algumas questões". "Elas poderiam ser mais diretas. A linguagem era rebuscada demais. Não acho que isso seja eficiente", opinou. "Filosofia e Ciências Humanas exigiram muita leitura", reclamou Pedro Ivo Sanches, de 21 anos, que fez a prova no Paraíso. Ao terminar a prova na Vila Mariana, Ricardo Napoleão da Silva, de 33 anos, avaliou que "os candidatos precisavam estar bem informados sobre muitos assuntos".
Para o diretor do Cursinho da Poli, Gilberto Alvarez, a prova mostrou a tendência de interdisciplinaridade do exame. "Caíram assuntos como ampliação de direitos das minorias, por exemplo. Na parte de exatas, também havia questões que relacionam temas ao dia a dia do aluno", afirmou.
O diretor pedagógico da Oficina do Estudante, Célio Tasinafo, considerou a prova "previsível". Na avaliação dele, não houve mudança significativa no