A Ultima Cr Nica 1
Fernando Sabino
O texto narra a história do próprio escritor em que ele tenta adiar o momento de escrever e que está sem inspiração. “A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao balcão. Na realidade estou adiando o momento de escrever’’. “Gostaria de estar inspirado”.
O texto é uma crônica narrativa pois o autor utilizou os elementos e foi descrevendo os lugares dos fatos (“ a caminho de casa,entro num Botequim da Gavea “.) apontando o tempo (“ mais um ano nesta busca”), o texto é narrado em primeira pessoa ( “a perspectiva me assusta”),(“assim,eu queria a minha ultima crônica”), e evidencia os personagens (“um casal de pretos”\”a neguinha”) que são seres reais.
O autor estava sem inspiração para escrever “Gostaria de estar inspirado”. E procurava sua inspiração no havia de mais simples e fora da rotina, ” Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da convivência, que a faz mais digna de ser vivida. Visava ao circunstancial, ao episódico”. “Nesta perseguição do acidental, quer num flagrante de esquina, quer nas palavras de uma criança ou num acidente doméstico”. Nessa procura Fernando Sabino considera-se um simples espectador e se diz perder a noção do essencial. O autor relaciona sua crônica com O Último Poema de Manuel Bandeira, “assim eu queria o meu último poema" mas a relação entre os dois não e apenas referente uma simples citação, Assim como Manuel Bandeira , o Autor Fernando Sabino tinha o objetivo de escrever sua última obra inspirado na simplicidade dos gestos humanos rotineiros. E foi com esse objetivo que Fernando Sabino lançou seu olhar ao externo, à sua volta “Lanço então um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma crônica”. Nesse ultimo olhar o auto se deparou com uma família a qual ele descreve da forma como ela é vista realmente pela sociedade, ou seja de uma forma preconceituosa. ”Ao fundo do botequim um casal de pretos