a trindade na morte de Jesus
INTRODUÇÃO
O Mistério Pascal de Cristo é o ápice de toda revelação da presença de Deus Uno e Trino na humanidade. Nele o Verbo encarnado se apresenta como vítima e reconciliação entre Deus e os homens. Deus se faz presente para reconciliar a criação corrompida pelo pecado dos primeiros pais, pois ao se encarnar no seio da Virgem Maria manifestou em o plano divino de reconstruir e religar o homem a Deus, ou seja, restaurar todas as coisas corrompidas pela maldade humana.
1. A TRINDADE NA CRUZ
No Antigo Testamento, ao se oferecer um animal em sacrifico em reparação dos pecados do povo de Israel, somente o Sumo Sacerdote poderia entrar no Santo dos Santos uma vez por ano para realizar tal sacrifico. Ali era oferecido um animal sem mancha, macho e o seu sangue era derramando no altar e sua carne queimada com toda a gordura.
Jesus ao se oferecer na cruz como vítima, em expiação pelo pecado de muitos, realiza as profecias do Antigo Testamento, sendo ele o cordeiro sem mancha e Filho Unigênito para assim se cumprir tudo aquilo que os antepassados tinham previsto em relação ao Filho do Homem.
Jesus é o Sumo Sacerdote, sendo Ele mesmo cordeiro, altar e sacerdote. O fogo que queima como prefiguração do Antigo Testamento é o Espirito Santo no qual Jesus se oferece totalmente ao Pai. Bruno Forte reflete sobre a presença da Trindade na morte do Senhor:
O crucificado entrega ao Pai, na hora da cruz, o Espírito que o Pai lhe havia dado, e que lhe será dado em plenitude no dia da ressurreição: a Sexta-feira Santa, o dia da entrega que o Filho faz de si ao Pai e que o Pai faz do Filho à morte pelos pecadores, é o dia em que o Espírito é entregue pelo Filho a seu Pai, para que o Crucificado fique abandonado, distanciado de Deus, em companhia dos pecadores. (FORTE, 1987. p.36).
Esta revelação é a plenitude da presença de Deus na humanidade que se revela em detrimento dos seus para santificá-los e os elevar acima dos anjos como