A transitividade em textos jurídicos e a relação com as atividades de sujeitos processuais. - resenha
O artigo apresenta uma análise do sistema de transitividade de textos produzidos na instância jurídica, focando elementos da metafunção ideacional, materializada por orações que realizam processos básicos e processos intermediários tendo como base Halliday e Matthiessen.
Halliday acredita na necessidade de interpretar a linguagem do exterior até o interior, por referência ao seu lugar no processo, utilizando noções de campo, relação e modo. Para Halliday a linguagem desempenha, simultaneamente, três metafunções a ideacional que é desempenhada quando a linguagem expressa conteúdo e se relaciona com a variável do campo, a interpessoal que se relaciona com a variável relação e a textual que se relaciona com a variável do modo.
Nos processos básicos destacam-se as orações materiais, mentais e relacionais. As orações mentais são definidas como orações de fazer e acontecer, por estabelecerem uma quantidade de mudança no fluxo de eventos, em fases distintas, através de um investimento de energia realizado tipicamente por um participante chamado ator que estará sempre na oração material podendo ser animado ou inanimado, provocando mudanças. Exitem dois subtipos de orações materiais: as criativas e as transformativas.
As orações mentais expressam sentimentos, pensamentos e percepções, construindo uma quantidade de mudança no curso dos eventos que ocorrem na consciência. As orações mentais podem classificar-se em emotivas, perceptivas, desiderativas e cognitivas.
As orações relacionais servem para caracterizar e identificar, podendo expressar três tipos de relação: intensivo que é construída relacionalmente a qualidade estática, realizada pelos verbos ser ou estar, circunstancial que é construída relacionalmente localização estática de tempo, lugar, causa, e a possessiva que é construída relacionalmente possessão estática realizada tipicamente pelos verbos ter,