a transicao para o feudalismo
Segundo Dobb o declínio do feudalismo e o surgimento do capitalismo são consequências de crises internas do sistema. Para ele a desintegração é resultado da exploração excessiva dos camponeses e dos conflitos gerados por essa exploração, e a transição se dá pela expansão dos pequenos modos de produção. Ele da ênfase aos conflitos internos como agentes fundamentais da desintegração do feudalismo, tratando assim de forma superficial dos agentes externos, como, por exemplo, o crescimento do mercado.
Sendo assim Dobb explica a crise interna como sendo resultado do: aumento dos gastos da classe senhorial para manter seus luxos, aumento desproporcional da nobreza em relação ao crescimento da produtividade, gastos com o setor militar para a proteção contra o banditismo no feudo, o aumento da cobrança de arrecadação de receitas e, assim, a eminente superexploração dos servos.
A partir dai a inconformidade é plantada na mente desses camponeses, levando dessa forma ao futuro abandono da vida rural. Esse processo com certeza não ocorreu de uma forma simples e linear. Não houve uma revolução do campesinato, mas sim uma luta de classes no processo desintegrador. Para Dobb a razão central para a desintegração do feudalismo: “…Encontra-se na revolta dos pequenos e médios produtores contra a exploração feudal, (...) o que acabou resultando em sua independência parcial”.1
Os fatores externos não são deixados de lado, pois na verdade acentuam os conflitos já existentes. No período da desintegração o comercio e o crescimento das cidades são fatores que explicam, por exemplo, as contradições do modo de produção, entretanto esses fatores não determinam o fim da servidão.
A emergência das cidades de certa forma incentivou a fuga dos camponeses, fator que prejudicou os senhores feudais quando se trata de seus rendimentos. Foi a ineficiência do feudalismo como um modo de produção somada com a cobrança