A Terapia Ocupacional na UTI Neonatal no HCE

A Terapia Ocupacional (TO) tem como seu principal objetivo promover a melhora do desempenho na realização das Atividades de Vida Diária (AVD) habilitando ou reabilitando, estimulando a ampliação da independência e autonomia, bem como investindo na inserção ou reinserção do indivíduo na sociedade. Para alcançar tais objetivos é necessário o entendimento da Atividade humana, num processo vicioso de análise das ocupações, considerando que as ocupações sofrem processos criativos inerentes do ser humano, bem como concomitante a ação da intervenção da Terapia Ocupacional. Vale ressaltar que cada paciente tem sua história –“sua família, sua doença e sua seqüela”. Sabe-se que a Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) é um ambiente impactante, emocionalmente estressante seja para o profissional, seja para os pais de recém-natos (RN) e principalmente para os RN que necessitam de Terapia Intensiva. Segundo Ferrari “...o indivíduo responderá e atuará no seu ambiente físico, social e cultural, modificando-os e conseqüentemente, sendo modificados por eles. Esses processos comportamentais definem essencialmente o seu calendário ontogenético.”¹ Portanto além da promoção da humanização juntamente com os profissionais da equipe a avaliação e conduta da TO é baseada na seqüência neuroevolutiva ontogenética, visando a inibição de padrão patológico, liberação de padrões posturais de movimentos e estímulos de reações normais, bem como estimulando as áreas sensório-percepto-cognitiva e psicomotora.
A TO no Hospital Central do Exército propõe as seguintes condutas na UTIN:
Avaliar o desenvolvimento neuropsicomotor baseado na Escala de Amiel-Tison e Gosselin;
Avaliar a necessidade de uso de órtese e adaptação;
Indicar e/ou confeccionar órtese;
Confeccionar e orientar o uso de adaptação;
Favorecer a adequação postural manipulando, adaptando e treinando os pais para a manipulação;
Avaliar e diagnosticar possibilidades de adaptação ambiental;
Realizar contenção facilitadora