A Teoria Materialista
O Manifesto Comunista, produzido por Karl Marx e Friedrich Engels, discute oposição entre a classe burguesa e a classe proletária, utilizando-se de elementos históricos para complementar o raciocínio. A teoria materialista se enquadra na descrição, uma vez que ela diz respeito à evolução social, política e econômica diretamente relacionada com o modo de produção vigente no momento.
A classe proletária passou a existir a partir do momento em que o modo de produção deixou de ser feudal e passou a ser regido pelas máquinas. Para haver riqueza de poucos, há a necessidade de haver pobreza de muitos. Sendo assim, a classe burguesa passou a explorar o proletário. Apesar de o proletário ser o verdadeiro produtor de mais-valia, ele não se apropria do seu trabalho ou do seu valor. Ao invés disso, o proletariado passa a ser cada vez mais explorado para que o valor produzido através da sua força de trabalho seja entregue ao dono dos meios de produção, o burguês.
A partir do momento que o homem deixou de ser dono dos seus meios de produção, ele passou a submeter-se àquele que possuía as ferramentas. Além disso, ele não participava mais de todo processo de produção, apenas de uma partícula. Sendo assim, ele deixou de ser dono do que produzia. O homem parou de reconhecer-se nas obras que construía, uma vez que não lhe pertenciam.
O modo de produção é composto das forças produtivas, um conjunto formado dos meios de trabalho (caracterizado pelos objetos e instalações utilizados pelo homem na sua jornada de trabalho), os objetos de trabalho (definido pela matéria bruta e natural que já sofrera a ação do homem) e a força de trabalho (é o novo valor aplicado na produção da mercadoria, sendo este a única fonte criadora de valor. Trata-se da mão de obra, a única mercadoria que o homem tem para vender).
No modo de produção capitalista, o proletário vende a força de trabalho dele para o burguês, que possui os meios de produção.