A TEORIA LITER RIA
SOUZA, Roberto Acízelo de. Teoria da Literatura. 5.ª ed. Ed. Ática: São Paulo, 1995.
1. Sem uma teoria, a literatura é o óbvio. (pág 05)
A literatura é um objeto científico que possui variadas formas. Por ser construída pela linguagem e, esta possui uma configuração variável, depende de vastos fatores para uma teorização competente. Em primeira instância poderíamos considerá-la como aberta a lacunas. Estas lacunas devem ser preenchidas pela teoria. O discurso literário se constrói através de um discurso que o sustente. Analisar a obra, ver suas possibilidades de leitura, explicar seu funcionamento é práticas da teoria literária. A teoria literária faz com que a obra tenha um sentido científico. Pois a considera objeto de pesquisa e para tanto procura metodologias que consigam estudá-la.
2. Pode-se teorizar sobre a literatura? (pág. 08)
O problema de encontrar respostas ou conceitos para literatura está no fato de que ela é um problema aberto a vários questionamentos. Como tal, também está aberta a várias metodologias. O dia que a resposta à pergunta: O que é literatura? For dada em definitivo, ela 'deixará de ser literatura e perderá sua importância. A literatura está como uma pergunta ao mundo e não uma resposta. Sendo assim, problematizar a cerca da obra literária e teorizá-la, pois se abre questionamentos a fim de respondê-los. Logo, a literatura é um dos objetos científicos de maior teorização.
3. Normativismo versus Descritivismo. (pág. 12)
Normatizar é impor regras de construção da poética, ou tanto quanto apresentar conceitos que indicam um “certo” ato de escrever. Foi muito utilizado antes do Romantismo e principalmente antes das novas concepções de arte como “ofício da linguagem”.
Descrever é reconstruir e explicar os processos que foram utilizados no ato da criação poética. Teve seu apogeu no Romantismo, quando a criação era livre, sem normas, e principalmente na inovação dos estudos da linguagem.
4. Estudo: O