A teoria de dois mundos de platão
Platão criou a teoria do mundo sensível e mundo inteligível através de suas observações percebeu que alguns fenômenos estavam em constantes mudanças, e havia algo que nunca se modificava. Para ele, tudo que podemos tocar e sentir está em constantes mudanças, desintegre e está sujeito à corrosão do tempo. Ao mesmo tempo, tudo é formado a partir de uma forma eterna e imutável.
Para exemplificar a visão de Platão, considere um conjunto de cadeiras. Apesar delas não serem exatamente iguais, existe algo que é comum a todos as cadeiras; algo que garante que nós jamais teremos problemas para reconhecer uma cadeira. Naturalmente, um exemplar isolado de cadeira, essa sim "flui", "passa". Ela envelhece fica defeituosa, depois acaba. Mas a verdadeira forma de cadeira é eterna e imutável.
Platão conclui que há semelhança entre todos os fenômenos da natureza de que "por cima" ou "por trás" de tudo o que vemos à nossa volta há uma ideia limitada que representa e dá a forma. Pois o que faz com que uma cadeira seja uma cadeira, não é o seu formato, não é a quantidade de pernas e nem tão pouco seu material do qual é fabricado, mas sim a ideia que nós temos da cadeira, essa é universal, nela estão as "imagens padrão", as imagens primordiais, eternas e imutáveis, que encontramos em todas as cadeiras. Esta concepção é chamada por nós de a Teoria das Ideias de Platão.
Em resumo, para Platão a realidade se dividia em duas partes. A primeira parte é o mundo dos sentidos, do qual não podemos ter senão um conhecimento aproximado ou imperfeito, já que fazemos uso de nossos sentidos. Neste mundo dos sentidos, tudo "flui" as coisas simplesmente surgem e desaparecem. A outra parte é o mundo das ideias, do qual podemos chegar a ter um conhecimento seguro, se para tanto fizermos uso de nossa razão. Este mundo das ideias não pode ser conhecido através dos sentidos. Em compensação, as ideias (ou formas) são eternas, imutáveis e reais.