A teoria das vantagens Absolutas de Adam Smith
Em seu famoso livro A RIQUEZA DAS NAÇÕES, publicado em 1976, Adam Smith atacou o ponto de vista dos mercantilistas, defendendo em seu lugar, o livre comércio com a melhor política para as nações do mundo. Baseando-se na máxima de que “nenhum pai de família deve tentar produzir em casa aquilo que lhe custará mais para produzir do que para comprar”. Smith argumentava que um país pode ser mais eficiente na produção de algumas mercadorias e menos eficiente na produção de outras, relativamente a outro país. Assim, ambos os país podem se beneficiar se casa um se especializar na produção das mercadorias nas quais tenha uma vantagem absoluta – ou seja, naquelas em cuja produção fosse mais eficiente que o outro país e, através da prática do livre comércio, poderia exportar parte dessa produção para outro país, ao mesmo tempo em que importaria desde aquelas mercadorias em que tinha uma desvantagem absoluta – ou em cuja produção fosse menos eficiente. Esse era o princípio da vantagem absoluta.
Tal como a Teoria das Vantagens Comparativas, a Teoria das Vantagens absolutas procura explicar por que duas nações devem comerciar entre si, em que circunstâncias a especialização na produção e o comércio ocorrem em situação vantajosa para ambas as partes e quais produtos devem comerciar.
Ilustração da Vantagem Absoluta
Para entender o argumento de Smith, vamos supor que o Brasil e a Argentina produzem somente mercadorias: CAFÉ e TRIGOS. Suponhamos mais, que se ambos utilizarem todos os seus fatores de produção num ou noutro produto, a produção mensal nesses país assim será (em milhares de sacas por unidade de trabalho empregado).
Como se vê, em termos absolutos, e com ambos os país usando a mesma quantidade de homens, o Brasil produz mais café que a Argentina, enquanto esta produz mais trigo que o Brasil. Em outras palavras: o Brasil tem uma vantagem absoluta na produção de café, enquanto a Argentina tem uma vantagem