A teoria da dependencia
A teoria da dependência, segundo Lúcio Kowarick, surge entre a década de 60 e 70, associada à obra de FHC e Enzo Faletto, “potencialidades do desenvolvimento econômico nas sociedades da periferia do capitalismo”, ligadas ao desenvolvimento dependente.
Segundo a interpretação dos autores, alinhados aos direcionamentos ideologico-políticos e econômicos da CEPAL (que se contrapunha à visão dos críticos marxistas), o conceito de dependência é sinônimo de crescimento e diversificação econômica. Como podemos verificar em alguns trechos de sua obra, seus argumntos são: “Não haveria tendências à estagnação ou ao aumento do desemprego, pois suas taxas seguiriam os ciclos de retração e expansão do sistema econômico”. ”Nao necessariamente ocorreria aumento da pobreza e da miséria e haveria avaço das modalidades de produção e exploração”. “Avanço dependente, mas avanço no cresimento econômico”.
O desenvolvimento dependente mostrava-se o caminho histórico passível de ser trilhado. Entretanto, para críticos como Marini, estas sociedades da periferia do capitalismo teriam leis gerais de acumulação, inerentes ao desenvolvimento dependente periférico que reproduz antigas formas, ao mesmo tempo que produz novas modalidades de produção capitalista pauatadas no pauperismo, desigualdade e marginalização, no subdesenvolvimento social e econômico.
Ou seja, Mirini se contrapõe aos primeiros autores e nos evidencia que o desenvolvimento econômico não se dava por etapas, um caminho que bastaria ser trilhado para que os resultados pudessem ser alcançados. E nos apresenta a teoria Centro-Periferia, onde a caracterização dos países como "atrasados" decorre da relação do capitalismo mundial de dependência entre países "centrais" e países "periféricos". Ou seja, os países "centrais", ocupam o papel central da economia mundial, em seus espaços ocorrem a manifestação do meio técnico científico informacional em escala ampliada e