A TEORIA DA ANOMIA (“Por Émile Durkhein”) Anomia não significa senão, ausência de leis, absoluta inexistência de normas. Esta teoria é apresentada por Durkheim inicialmente em “A Divisão do Trabalho Social”, posteriormente em “O Suicídio”. Segundo o autor, em “A Divisão do Trabalho Social”, a relação entre indivíduo (ser social) e a sociedade está subjugada pela idéia de que a divisão do trabalho é o emissário de uma nova configuração da coesão social, qual seja, a solidariedade e a cooperação entre os homens. Contudo, como a transformação social acontecia em velocidade alucinante, a sociedade precisava de uma nova massa de idéias que tivesse capacidade de direcionar o procedimento dos indivíduos e os tratos entre as funções sociais, daí aparecendo as crises industriais e econômicas da época e as relações grevistas decorrentes do conflito entre capital e trabalho. Tais acontecimentos prejudicavam o bom funcionamento da comunidade, fazendo com que a comunidade industrial se afundasse em um absoluto estado de anomia, ou seja, de inexistência de normas claramente estabelecidas. Assim, temos uma centelha de que a anomia aparece quando a sociedade não é mais capaz de amparar a dinâmica social, e desta maneira disciplinar a coletividade. Ou seja, a anomia é a falta de coesão social, um percalço na consciência coletiva que causa a absoluta bancarrota dos freios sociais obrigatórios para o controle social. Como Durkheim demonstrou no prefácio à segunda edição de sua obra “Da divisão do trabalho social”: É a esse estado de anomia que devem ser atribuídos, como mostraremos, os conflitos incessantemente renascentes e as desordens de todo tipo de que o mundo econômico nos dá o triste espetáculo. Porque, como nada contém as forças em presença e não lhes atribui limites que sejam obrigados a respeitar elas tendem a se desenvolver sem termos e acabem se entrechocando, para se reprimirem e se reduzirem mutuamente.(...) As paixões humanas só se detêm