A teoria culturológica
Trata-se de outra área de interesses e reflexões cujo objeto de estudo é também, os meios de comunicação, mas não a partir dos seus efeitos sobre o público, mas na identificação de uma nova forma de cultura na sociedade contemporânea.
Edgar Morin em sua obra L’esprit Du temps, de 1962 – são muitos explícitos a esse respeito. A polêmica contra objeto de estudo representado pela mídia e contra a sociologia das comunicações de massa.
De fato, a ótica que apontou para comunicação de massa impede que se apreenda o problema “cultura de massa”.
A cultura de massa é “uma realidade que só pode ser aprofundada com método, o da tonalidade. A uma série de dados essenciais que permitiram distingui-la da cultura tradicional ou humanística. Não podendo reduzir a cultura de massa a um ou algum dado essencial.
O objeto de Morin é elaborar uma sociologia da cultura contemporânea, subtraída ao falso dilema proposto pela sociologia tradicional sempre que se detém na cultura de massa, isto é, suas qualidades ou carências.
A cultura de massa forma um sistema de cultura, constituindo-se como um conjunto de símbolos, valores, mitos e imagens, que concernem tanto á vida prática como ao imaginário coletivo.
Ela não é autônoma em sentido absoluto, pode imbutir-se de cultura nacional, religiosa ou humanística. Não é a única cultura do século XX. Mas é a verdadeira e nova corrente de massa do século XX (Morin)
O objeto é estreitamente ligado ao seu caráter de produto industrial e ao seu ritmo de consumo cotidiano: do vínculo produtivo-burocratico e técnico derivam algumas conseqüências fundamentais que geram tendência contraposta.
São a própria estrutura do imaginário que consente a mediação entre os requisitos opostos, os modelos que servem de guia e as formas arquetípicas do imaginário, os temas míticos, as personagens- tipo constitui as estruturas internas e constantes, usadas pela indústria cultural. Se esta, de um lado, “reduz os arquétipos a