A TEORIA CR TICA
Marcos Severino Nobre, o autor deste trabalho, possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo (1986), mestrado e doutorado em filosofia pela mesma universidade. Atualmente é professor da Universidade Estadual de Campinas. Possui experiência na área de Filosofia, com ênfase em História da Filosofia, atuando principalmente nos seguintes temas: Teoria Crítica, Filosofia Política, Filosofia do Direito, Teoria das Ciências Humanas (CNPQ, 2014). Para Marcos Nobre, ter uma teoria sobre algo é ter uma hipótese ou conjunto de argumentos que explicam ou compreendem os fenômenos ou conexões de fenômenos. Se uma teoria é científica, deve poder prever eventos futuros e assim fazer prognósticos. O autor menciona o dito “na prática a teoria é outra”, que, num sentido mostra a diferença entre manipular objetos e dizer como eles são. Avançando em sua explanação, o autor expõe que a pratica tem um segundo sentido, onde está ligada a como as coisas deveriam ser, ou seja, não é uma aplicação da teoria, mas um conjunto de ideais que orientam a ação, um conjunto de princípios que se devem agir para moldar a vida e o próprio mundo. Na dicotomia entre o “pensar” e o “agir”, o autor verifica a presença de falhas ao estabelecer e defender a ciência capaz de unificá-las, tendo em vista que a teoria e a prática têm lógicas distintas. O autor afirma que a teoria se confirma na prática transformadora das “relações sociais vigentes”. O curso histórico permite avaliar a confirmação ou refutação da teoria, envolvendo questões sociais e políticas. A prática é um momento da teoria. Os resultados comparados aos prognósticos são retrabalhados continuamente pela teoria, que passa a ser também um momento da prática.
A teoria critica surgiu com o objetivo incitar o questionamento da distinção entre teoria e pratica, defendendo a ação não cega e sem