a teologia politica de hobbes
“A força do símbolo mítico-religioso do leviatã, não escolhido e extraído por acaso por Hobbes do livro de Jó (41, 24) do velho testamento como título de seu livro, ainda é um desafio para estudiosos.” O livro diz respeito à estrutura da sociedade e do governo legítimo, e é considerado como um dos exemplos mais antigos e mais influentes da teoria do contrato social.
“Não só o conhecimento político, jurídico, mas também, cabalístico, mitológico, teológico de Hobbes permitiu-lhe elaborar uma teologia política. Uma teologia politica que não funda o estado através de poderes transcendentais, mas por meio da religião, que não reside em nenhum outro lugar a não ser no homem.”
O leviatã deve ser assimilado como atributo político religioso que funda uma hipótese moderna do estado a partir de mitos e imagens sagradas.
“O leviatã de Hobbes divide-se em quatro partes: a primeira denomina-se Do homem, a segunda do estado cristão, a terceira do estado e a quarta do reino das trevas.”
Na terceira e quarte parte do leviatã dedica-se a exegese das escrituras sagradas a fim de dar cabo as interpretações de representantes espirituais.
“Desse modo, na primeira parte do leviatã Hobbes descontrói as peças da machina machinarum para reconstruí-la a partir de seus elementos mais simples, como imaginação, a linguagem a razão ciência, as paixões e a religião.’’ Hobbes afirma que o homem pode imitar a natureza e, através da arte, criar um homem artificial, o corpo político. Este, como o homem, é um organismo: pode ter força e saúde e como todo corpo, pode ficar doente e perecer.
“Na segunda parte, Hobbes não discorre apenas sobre os elementos constitutivos do corpo político ou estado, mas também sobre sua finalidade, as causas que o esmorecem e os meios de mantê-lo.” Thomas Hobbes procura explicar e justificar a dominação e controle do estado absolutista, fundamentando e estabelecendo está forma de governo.
“Cabe ressaltar que na segunda