A TELEVISÃO E AS NOVELAS NO COTIDIANO
A TELEVISÃO E AS NOVELAS NO COTIDIANO
De acordo com Hamburguer (1988), a inserção da televisão no Brasil é intensa e oferece ao seu publico uma transmissão de informações que são acessíveis a qualquer pessoa, independentemente de sua classe social, pertencimento social ou região geográfica.
A televisão ajuda a propaganda a se espalhar, o que guia ao consumo que, por sua vez, causa a formação de identidades. Com base nisso, a televisão e, em especial, as telenovelas, são partes importantes no surgimento de identidades. Não é atoa que a programação de maior lucratividade e popularidade da TV brasileira são as telenovelas. (HAMBURGUER, 1988)
A novela estabelece padrões com os quais os telespectadores não necessariamente concordam mas que servem como referencia legitima para que eles se posicionem. A novela da visibilidade a certos assuntos, comportamentos, produtos e não a outros; ela define uma certa pauta que regula as interseções entre a vida pública e a vida privada. (HAMBURGUER, 1988, p.443)
Hamburguer (1988) também afirma que mesmo com uma audiência de 98,7 milhões de telespectadores em 1991, a televisão atingia 71% das casas brasileiras, transmitindo 99% do sinal para o território nacional, inclusive em regiões que ainda não possuíam energia elétrica. Ainda assim, em seus primeiros vinte anos de existência, a televisão possuía alcance limitado devido ao numero baixo de casas que tinham o aparelho e do baixo território nacional que recebiam os sinais de televisão.
No decorrer de cinquenta anos da historia da televisão no Brasil, o Estado, por interferência de vários governos, difundiu nessa indústria de diferentes formas. Apesar de nunca deixarem de reforçar as emissoras comerciais, o Estado “deteve o poder de conceder e cancelar concessões de TV”. O poder público colaborou com o desenvolvimento da televisão nas décadas de 50 e 60, mediante empréstimos que foram concedidos a emissoras privadas por bancos públicos. Ao