A televisão uma inovação ou mecanismo de propaganda política?
Não se pode dizer precisamente quem inventou a televisão, pois vários estudiosos contribuíram de uma forma ou de outra para a criação deste eletrônico. Na década de 20, a grande busca dos cientistas era tentar agrupar e transmitir as ondas sonoras, que já haviam conseguido por meio da invenção do rádio, com a imagem em movimento. Em 1926, o escocês John Logie Baird tentou fazer isso, conseguindo apenas uma imagem muito ruim de uma cabeça humana. De fato, a primeira televisão da história surgiu em janeiro de 1928, em Nova York, por meio do sueco Ernst F. W. Alexanderson, engenheiro da General Eletric.
Devido aos avanços tecnológicos e econômicos que o mundo presenciou após a Segunda Guerra Mundial, a televisão ganhou grande popularidade.
Não podemos dizer que a televisão não cumpre seu papel social, cumpre e às vezes mais eficiente que qualquer outro, mas quando está em jogo interesses políticos e comerciais, ela consegue modificar os fatos na opinião popular.
Durante o regime militar, as redes de televisão –que eram privadas- obedeciam fielmente às determinações do Estado, cumprindo à risca o que mandava o governo militar. Os programas transmitido passavam a impressão de que o governo era legítimo e vivíamos numa democracia. A maior beneficiário desse modelo foi a Rede Globo. Fundada em 1965, cresceu rapidamente, apoiada nas relações amistosas com o regime militar, em sintonia com o incremento do mercado de consumo. O programa de maior audiência foi a telenovela, que se tornou “produto cultural brasileiro”, criado por um grupo de artista e diretores nascidos no cinema e no teatro.
Com o fim do regime militar, as emissoras continuaram atendendo aos governos seguintes, sempre dando a impressão de ser livres e democráticas. A televisão converteu-se, enfim, fonte de poder político.
Como o rádio, a televisão é controlada pelo poder público por meio das regulamentações e também da propaganda