A TEIA SISTEMICA DA VIDA
A TRANSICAO DOS ANOS 80
No inicio da década de 80, mais precisamente no ano de 1982, chegou ate as minhas mãos um livro que exerceria uma influencia fundamental no rumo de minha vida.
Naquela época eu fazia uma carreira de sucesso no setor financeiro, mas ao mesmo tempo me perguntava se era essa a melhor maneira pela qual eu poderia deixar algum legado para as gerações futuras. Sim, aquela velha dialética entre ser e transcender...
Lembro-me de que estava no Aeroporto Salgado Filho, indo para São Paulo para fazer um dentre os inúmeros cursos de especialização que o Banco oferecia aos seus executivos. Estava relativamente adiantado e, ao olhar uma estante de uma pequena livraria na sala de embarque, encontrei o livro “O ponto de mutação”, de autoria do Físico Austríaco, Fritjof Capra, do qual também leria a seguir seu livro anterior, “O Tao da Física” e outro dois que se seguiriam, sendo o primeiro deles “A sabedoria incomum” este dedicado a extraordinária Indira Gandhi, primeira mulher a ocupar a função de chefe de Governo na Índia e dessa forma, rompendo o “paradigma” do patriarcado, estabelecido ao redor do mundo.
Na ocasião, vivíamos o que no Brasil veio a se chamar “a década Perdida” onde, somente pra resumir, nada aconteceu de significativo depois de uma década efervescente com o primeiro choque do petróleo (1973) e o então chamado “milagre Brasileiro” promovido pelo “mago” Delfin Neto que, naquela ocasião, junto com a sua equipe econômica manipulava índices para “dourar” a pílula da economia brasileira, que no entanto, aos trancos e barrancos e a custa de uma divida externa imeeeensa... cresceu. Foi a época do auge do “brasilianismo” tentando aliviar as tensões sociais produzidas pelo regime de exceção, instalado em Marco de 1964. Estávamos em Pleno Governo Médici (1969 a 1973) e o Brasil, a época “90 milhões em ação” ainda começaria a década com a conquista da Copa do México de Futebol...num autentico, “pão e