A tecnologia da informação em função da arte: um estudo sobre a documentação na Coleção do Acervo dos Palácios
"It is an important professional responsibility to ensure that all items accepted temporarily or permanently by the museum are properly and fully documented to facilitate provenance, identification, condition and treatment." (ICOM Code of Professional Ethics, 1990, p. 31, nr. 6.2)1
Este artigo pretende apresentar uma visão da técnica utilizada para organizar e dar acesso às informações da Coleção do Acervo dos Palácios do Governo do Estado de São Paulo, realizado por meio do sistema de informação chamado Gerenciamento Eletrônico de Obra de Arte – GEOA.2 A história da documentação e informação tem sua origem nas bibliotecas, 3 mas hoje estende-se a toda comunidade internacional, com destaque para a discussão produzida pelo Comitê de Documentação – CIDOC, do Conselho Internacional de Museus – ICOM. No Brasil, Ferrez e Bianchini, em seu livro de vocábulos controlados para acervo, Thesaurus4, ressaltam que os museus são instituições estritamente ligadas à informação, onde as funções de conservação e documentação são básicas para a transformação dos objetos museológicos em veículos de informação, destacando a importância de uma documentação organizada, como condição para transformarem seus acervos em instrumentos de transmissão de conhecimentos.
As informações devem ser sistematicamente organizadas por meio de metodologias e instrumentos que visem à recuperação da informação5, para que possam ser disponibilizadas para acesso.
Para compreendermos o GEOA - do Acervo dos Palácios do Governo – será traçado um breve histórico dos sistemas de documentação usados na Coleção do Acervo dos Palácios do Governo do Estado de São Paulo.
O primeiro processo de organização de informação encontrado em arquivos do Acervo dos Palácios se deu por meio de fichas datilografadas. Ele começou na década de 1980, e buscava e ordenava as seguintes informações: