A sublevação de Chiapas Uma contribuição ao marxismo libertário

2366 palavras 10 páginas
Universidade Federal Fluminense

A sublevação de Chiapas
Uma contribuição ao marxismo libertário

Professor: Mário Jorge
Alunos: Caio Gatto, Eduardo Henrique e Thales de Azevedo
Departamento de História – Métodos e Técnicas de Pesquisa em História

 DELIMITAÇÃO DO TEMA
Aproximando-se do vigésimo aniversário do levante realizado pelo Exército
Zapatista de Libertação Nacional, em Chiapas, México, alguns são os artigos e obras acumulados que procuram compreender as raízes, caminhos, métodos e consequências desse fenômeno que, desde a sua explosão, carrega consigo diversas particularidades culturais combinadas à novas formas de se lutar e de se fazer política. Em um momento no qual a viabilidade e metodologia socialista era questionada após o esfacelamento oficial da URSS, forçando os intelectuais da esquerda a buscarem significações ou então afundarem-se em uma crise, um momento em que Fukuyama já publicava sobre o “fim da história” e uma estabilização permanente da hegemonia capitalista, índios subnutridos da região mais empobrecida do México pegam em armas e ocupam várias cidades sob o grito de “Ya Basta!”, questionando as políticas elitistas que vinham sendo empreendidas pelo Estado mexicano. Além disso, as fortes críticas à globalização econômico-social
(como, por exemplo, a implantação do NAFTA) e cultural (agente mascarador de diferenças culturais e de classes sociais) capitalista.
Entretanto, por causa de sua associação à origens raciais e regionais, à luta antiglobalização e pelo forte caráter cultural do movimento, entre outras razões, alguns autores vêm classificando-o como uma expressão da pós-modernidade. Assim sendo, enxergamos como imperativo realizar uma análise que elucide a existência do caráter de classe da sublevação, observando que a mesma insere-se num processo mais amplo de exploração histórica por parte do Capital e, consequentemente, do Estado burguês mexicano às comunidades indígenas e mestiças de Chiapas. Para

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