A sociologia
A sociologia surgiu em meados do século XIX, a partir de duas Revoluções, Industrial e Francesa. A primeira se caracterizou por alterar as bases materiais da sociedade européia, já a segunda deixou suas principais marca nos campos das idéias. Essa dupla revolução promove uma reviravolta na forma como as pessoas estavam acostumadas a viver e na forma como elas estavam acostumadas a pensar, a ver o mundo.
Em função a Revolução Industrial as cidades começaram a crescer desornadamente, assim a quantidade e o tipo de problemas que esse crescimento produziu foram notáveis. A partir da Revolução Francesa a maneira de se pensar foi alterada. Antes, predominava a visão do catolicismo, isso significa que tudo que acontecia na vida das pessoas e da sociedade tinha uma explicação divina. Após a Revolução, não era mais Deus que estava no centro das explicações e sim o homem, ou seja, era possível e necessário compreender os fenômenos sociais porque estes eram resultado da ação dos homens e não da vontade divina. Portanto, essas duas grandes revoluções abalaram e derrubaram a maioria dos alicerces sobre os quais a sociedade européia de apoiava.
O crescimento desordenado das cidades e dos problemas relativos a ele e o clima de instabilidade gerado pelas revoluções e pela incerteza diante das mudanças foram mais do que suficientes para fazer com que vários pensadores e homens de ação começassem a se preocupar em resolver esses problemas. Vimos então surgir um grupo de pensadores que viam na derrubada do antigo regime a origem de todo os mal que a sociedade enfrentava.
Um dos pioneiros da Sociologia foi Augusto Comte, ele lançaria as bases para consolidação da sociologia. Comte tomou de outras ciências já consolidadas, a física, a matemática, a fisiologia/biologia, elementos metodológicos que procurou aplicar à análise da sociedade. Ele viu a necessidade de se criar o que chamou de física social, uma nova ciência que deveria estudar os fenômenos