A sociologia económica
Introdução
Encontramos no trabalho de Karl Marx, Max Weber, Émile Durkheim e Karl Polanyi, contribuições fundadoras desta área da sociologia que se dedica ao estudo das instituições e da acção económicas, a sociologia económica. A expressão sociologia económica deve-se a Durkheim e traduz a aplicação da “perspectiva sociológica ao estudo dos fenómenos económicos” (Smelser & Swedberg 2005: 3). Isto quer dizer que os sociólogos que estudam as instituições económicas utilizam as teorias, os conceitos produzidos no âmbito da sociologia, na abordagem dos fenómenos económicos. Historicamente, a sociologia económica surge das contribuições dos primeiros sociólogos. Como vimos, todos eles manifestaram interesse e curiosidade pelas consequências sociais do conjunto de transformações causadas pela revolução industrial e pelo capitalismo. Porém, o interesse dos sociólogos pelas instituições económicas não foi constante. As preocupações que marcaram o pensamento sociológico de grande parte do século XX iam em sentido diverso e, assim, em lugar de preocupações com os mercados, com as empresas, com a acção económica, os sociólogos preferiram estudar as profissões, o trabalho e a sua organização. Desenvolveu-se, no mundo anglo-saxónico a sociologia das profissões, a par da sociologia industrial e na Europa continental a sociologia do trabalho. Mais tarde, surgirão as sociologias da empresa e do emprego. As instituições económicas, essas foram deixadas de lado e a visão que prevaleceu foi a da ciência económica.
Deste modo, a sociologia económica ressurgiu na penúltima década do século passado. A centralidade da economia nas sociedades globalizadas poderá ajudar a compreender o interesse dos sociólogos pelo estudo dos fenómenos e dos processos económicos. No caso da sociologia norte-americana, o ano de 1985 marca o início da “Nova Sociologia Económica”. Nesse ano, Mark Granovetter (1985) escreveu o artigo “Economic Action and Social