A SOCIOLOGIA DAS AUSÊNCIAS E A SOCIOLOGIA DAS EMERGÊNCIAS: PARA UMA ECOLOGIA DE SABERES
FICHAMENTO
SANTOS, BOAVENTURA DE SOUSA. RENOVAR A TEORIA CRÍTICA E REINVENTAR A EMANCIPAÇÃO SOCIAL. SÃO PAULO: BOITEMPO, 2007.
APRESENTAÇÃO: (p. 07)
- A Sociologia das Ausências (p. 09), é a superação das “monoculturas do saber”, que, segundo Boaventura são cinco (do saber científico, do tempo linear, da naturalização das diferenças, da escola dominante e da produtividade mercantil do trabalho e da natureza).
- Para contrapor essas monoculturas, o autor propõe cinco “ecologias”. A ecologia proposta para a monocultura da escola dominante, que é centrada no universalismo e na globalização, é a “ecologia da ‘transescala’”, que possibilita articular projetos locais, nacionais e globais. (p. 09)
- Sobre o capítulo três (“para uma democracia de alta intensidade”)...
“Para a construção desse ‘novo’ o autor explicita uma contradição que é da realidade histórica mesma. Os instrumentos de que dispomos no plano teórico e epistemológico são os hegemônicos, ou seja, nos termos do autor, as semânticas legítimas de convivência política e social: a legalidade, a democracia, os direitos humanos. Essa contradição impõe um duplo esforço: como trabalhar esses instrumentos de forma contra-hegemônica e tentar perceber, nas culturas e formas políticas marginalizadas pela modernidade ocidental, indícios, sementes e embriões do novo?” (p. 11)
- “Um processo que demanda (...) a paciência infinita da utopia” (p. 11)
- “Um esforço que está no ideário do autor na tarefa de construir, na teoria e na práxis, subjetividades rebeldes capazes de produzir alternativa à hegemonia conservadora e neoconservadora e seus feitos na ampliação da barbárie humano-social. Trata-se de uma busca incessante e sem prazo – com a paciência infinita da utopia – para criar as condições subjetivas e objetivas de superação das relações sociais capitalistas. E isso, na travessia, implica constantemente Renovar a teoria crítica e reinventar e