a sociologia da internet
Sociólogo espanhol Manuel Castells não tem medo de trabalhar "a quente": interpreta fatos ocorridos um ou dois anos antes de o livro ter sido escrito. A internet está presente principalmente em The Rise of the Network Society ( Oxford : Blckwell , 1996 ), em passagens como esta: "Redes globais de trocas instrumentais ligam e desligam seletivamente indivíduos, grupos, regiões e até países , de acordo com sua relevância em preencher os objetivos processados na rede , num fluxo incessante de decisões estratégicas."
O filósofo francês Paul Virilio tem uma visão pessimista do que ele chama de "ditadura da velocidade". Para ele , o fato de que o "tempo real" cada vez mais independente do espaço pode levar a uma nova forma de acidente: "Depois da globalização das telecomunicações , pode-se-ia esperar uma forma de acidente generalizado , um tipo de acidente nunca visto antes. Um acidente generalizado seria algo que Epicuro chamava de "acidente dos acidente" (e Saddam Husseim chamaria de "a mãe dos acidentes")."
O filósofo francês Pierre Lévy retomou o tema do cérebro mundial, batizando-o de hipercórtex. Para ele, o fato de World Wide Web permitir a comunicação de muitos para muitos (ao contrário da TV, rádio e mídia impressa, de um para muitos; e do telefone, de um para um) possibilita o compartilhamento e transmissão de uma memória social e aos poucos está gerando uma inteligência coletiva. Afirma ele no texto L'Intellingence Collective et ses Objects, publicado na internet: "Mais do que a pesquisa utilitária de informação, é a sensação vertiginosa de mergulhar no cérebro comum e participar o que explica o fascínio pela Internet." Lévy defende que não se deve temer a comercialização da Internet, mas sim encontrar maneiras de preservar dentro dela as comunidades de troca de informação desinteressada: "O