A sociedade, o direito e o cinema: “ônibus 174” – josé padilha
“ÔNIBUS 174” – JOSÉ PADILHA
A Sociedade, o Direito e o Cinema:
“ÔNIBUS 174” – JOSÉ PADILHA
1 – Ficha Técnica
Título Original: Ônibus 174 Gênero: Documentário Tempo de Duração: 133 minutos Ano de Lançamento (Brasil): 2002 Distribuição: Riofilme Direção: José Padilha Co-Direção: Felipe Lacerda Roteiro: José Padilha Produção: José Padilha e Marcos Prado Co-Produção: Rodrigo Pimentel Som Direto: Yam Saldanha e Aloísio Compasso Trilha Sonora Original: João Nabuco e Sacha Ambak Fotografia: César Moraes e Marcelo Guru Figurino: Milena Canonero Edição: Felipe Lacerda
2 – Estrutura Narrativa
O filme trata sobre uma narrativa reconstituída com diferentes níveis narrativos, tratando não só do seqüestro do ônibus 174, mas também preocupado em desvendar a personalidade e a história de seu seqüestrador. Iniciando o filme com uma tomada aérea, que revela ser um elemento bem marcado da estrutura narrativa, refazendo o percurso do ônibus, assomados com depoimentos em off de entrevistados de meninos de rua, depoimentos de pessoas que conhecem Sandro (o seqüestrador), depoimentos de policiais presentes no local do seqüestro, efeitos sonoros de sirenes, constituindo camadas de informação. Ao chegar no ponto do seqüestro, a câmera passa a se constituir pelas imagens de TV e pelas câmeras de vigilância da CET-Rio que marcam os horários em que se desenrola o acontecimento. A partir desse momento, em que o ônibus é interceptado e cercado no Jardim Botânico, Sandro constrói então sua própria narrativa, encarnando o personagem de um seqüestrador, alguém violento que teria até mesmo um pacto com o diabo, como queria reforçar essa idéia. Nesse momento a televisão exibia o drama dos reféns ao vivo, para o Brasil e o