A SOCIEDADE E O MEIO AMBIENTE EM RISCO
A crise ambiental, que emerge em meados do século XX e se constrói temporalmente, pode alterar as significações intrínsecas dos indivíduos e representa para o mundo contemporâneo a grande expressão mal-estar civilizatório vivido a partir da possibilidade efetiva da destruição das condições à vida. Colocam-se em questão culturas, modos de vida. As tensões geradas por essa crise remetem esse homem para a complexa rede de relações que o significam e onde seu habitus é frequentemente questionado.
O tema objetiva refletir sobre o modo de vida ocidental, em sua expressão moderna, como forma de compreender a condição humana como temporalidade em sua íntima relação com o ambiente.
Frente às várias concepções, indica que o homem não é totalmente o humano, que não nasce humano e nem se torna humano ou se desenvolve num dever ser humano, mas encontra sua condição humana na pluralidade das existências, como modo de ser histórico. Isso implica dizer que não necessariamente esse humanar, que desponta no acontecer, se constitui em um avanço, senão que mostra a condição de ser humano como projeto inacabado que pode ser reorientado. E, é exatamente esta autopercepção do ser humano como inacabado o que lhe possibilita reavaliar e reorientar seu modo de ser.
Hoje em dia estamos vivendo uma grave crise ambiental por causa do aumento das emissões de gases estufa; mudança climática e efeito dos eventos climáticos sobre os preços agrícolas estamos no oitavo ano consecutivo em que há quebras de safra em todos os continentes do planeta por causa de eventos climáticos extremos ; perda de biodiversidade; poluição; degradação dos oceanos; desmatamento; desertificação; retração do gelo polar e derretimento de glaciais; para mencionar apenas alguns, também caracterizam uma crise ambiental e climática de graves proporções. É uma crise eminentemente estrutural. Ela põe em risco a saúde da bioesfera do planeta e, portanto, as condições de vida,