A Sociedade Que Vejo
Sala: N34
A Sociedade que vejo “do outro lado do muro”
O mito da caverna de Platão foi escrito entre os anos 385-380 a.C., o autor explica como podemos nos libertar da escuridão que nos aprisiona através do conhecimento racional para a criação de um Estado ideal.
Historicamente a busca por conhecimento racional coincide com a revolução industrial e com a formação dos Estados modernos, após a revolução burguesa o homem dessa sociedade “realizou maravilhas que ultrapassam em muito as pirâmides do Egito, os aquedutos romanos, as catedrais góticas”; “organizou expedições que fazem esquecer todas as migrações e as cruzadas anteriores”. Eu acredito que ate certo ponto o homem caminhou para a ideia platônica de conhecimento, no entanto as buscas cegas por mais dinheiro faz com que nossa sociedade sacrifique muitos indivíduos para a realização de poucos. Se analisarmos a sociedade brasileira perceberemos um grande abismo que separa o individuo do ideal de sociedade defendido por Platão, o conhecimento ao invés de nos libertar apenas acrescenta mais grilhões. Como defende adorno em seu conceito de barbárie: “Entendo por barbárie algo muito simples, ou seja, que, estando na civilização do mais alto desenvolvimento tecnológico, as pessoas se encontrem atrasadas de um modo peculiarmente disforme em relação a sua própria civilização – e não apenas por não terem em sua arrasadora maioria experimentado a formação nos termos correspondentes ao conceito de civilização, mas também por se encontrarem tomadas por uma agressividade primitiva, um ódio primitivo ou, na terminologia culta, um impulso de destruição, que contribui para aumentar ainda mais o perigo de que toda esta civilização venha a explodir, aliás, uma tendência imanente que a caracteriza”. (ADORNO, T. W. Educação e Emancipação. 2ª Edição. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2000).
O presidente do Uruguai em seu discurso na durante a conferencia das Nações Unidas sobre Desenvolvimento