A sociedade industrial e urbana
2.1. A EXPLOSÃO POPULACIONAL; A EXPANSÃO URBANA E O NOVO URBANISMO; MIGRAÇÕES INTERNAS E EMIGRAÇÃO
2.1.1. A explosão populacional
- Entre 1800 e 1914, decorreu uma explosão demográfica, durante a qual a população mundial duplicou, principalmente no decorrer do século XIX. A Europa foi o continente que mais cresceu a este nível, sendo o seu crescimento mais rápido e intenso que no resto do mundo. Esta foi também uma explosão branca e, em 1900, a Europa era o continente mais povoado. A intensidade do crescimento demográfico europeu apresentava, no entanto, disparidades pois, dependendo da região da Europa, o crescimento era diferente.
- Os motivos da explosão populacional europeia:
1. Decréscimo da mortalidade (melhor higiene – a nível individual, mudança mais frequente de vestuário; a nível público, esgotos, abastecimento de água potável, uso do tijolo nas construções; melhor alimentação – disponibilidade de géneros em qualidade e quantidade, progressos dos transportes evitando-se crises de abastecimento; progressos da medicina – vacina antivariólica de Jenner, vacinas contra o tifo, cólera, raiva, invenção da anestesia);
2. Maior esperança de vida;
3. Manutenção ou ligeiro decréscimo das taxas de natalidade (abaixamento da idade do casamento e diminuição do celibato).
- Surge o regime demográfico moderno com taxas de natalidade elevadas e taxa de mortalidade baixa, o que permitiu um saldo fisiológico positivo e a explosão da população europeia. Ainda assim, alguns contemporâneos não deixaram de se inquietar: o malthusianismo renasceu.
2.1.2. A expansão urbana
- A população urbana conheceu um impulso decisivo no século XIX, sendo a urbanização mais significativa nos países industrializados. O desenvolvimento de grandes cidades (como Nova Iorque) considera-se uma manifestação de expansão urbana, que acompanhou a industrialização e o caminho-de-ferro.
- Os motivos: expansão demográfica (crescimento