A SOCIEDADE ESPANHOLA DE CLASSES NA GUERRA CIVIL
Kelson Antônio Maximiano – kelmaximiano@hotmail.com
RESUMO
Este artigo tem como objetivo a análise da sociedade espanhola e as revoltas que a levou a guerra civil. Será necessária uma análise dos principais setores que contribuíram tanto para o golpe, quanto para a defesa da República espanhola, especulando que, as causa materiais serão ou não as causadoras deste conflito de imensas proporções.
Para análise, contaremos com uma bibliografia especifica, além de alguns artigos, para esclarecer o papel de cada grupo na guerra.
PALAVRAS-CHAVES: Guerra Civil Espanhola, República, Franquismo, Falange, golpistas, Igreja, carlismo, republicano.
INTRODUÇÃO
Em um pequeno país europeu há muito despido de sua glória antiga, reduzido apenas a um território auto-suficiente, o conflito o torna “símbolo de uma luta global”. A Espanha agora se via em uma guerra fratricida da qual seu resultado final representaria uma ditadura que só se findaria em 1975.
Segundo Hebert L. Mattews, a Guerra Civil Espanhola significou uma nação que:
“Dilacerada por discórdia interna depois de meio século e meio de governo deficiente, injustiça social, corrupção, hegemonias do exército, da Igreja e do capitalismo reacionário, bem como de violência revolucionárias por parte dos operários e dos camponeses organizados, a Espanha explodiu.” (MATTEWS, 1975, p. 1) 1
O embate espanhol poderia ser também chamado de luta de classes, que cada uma delas lutava por manter sua cabeça fora da água e respirar. Com o crescimento das manifestações sociais em toda Espanha, a reação dos setores mais conservadores era apenas questão de tempo. Assim sendo, “as massas armadas tinham entrado no palco da história não como espectadores passivos ou trocadores de cenário, mas como atores” (NIN, 1969, p.19).
A guerra espanhola também é a primeira a mostrar a face mais hedionda do fascismo (fora do eixo Roma-Berlim). A falange de José Primo Rivera