A sociedade como realidade objetiva
A sociedade é um conceito que faz parte do dia-a-dia de todos os indivíduos. Já, o processo de socialização ganha forma, para todos, à nascença. O individuo não nasce membro da sociedade, daí a necessidade de surgir o conceito de socialização para caracterizar esse fenómeno. E o que é a socialização? É o processo de aprendizagem e interiorização de todas as normas/regras, valores e comportamentos, característicos de um determinado meio social, do qual todos nós somos alvo. Tendo como principal objetivo a integração da pessoa na sociedade. Então e a sociedade, o que é? É uma realidade subjetiva e objetiva ao mesmo tempo. Porquê? Porque “a sociedade é uma produção humana e o homem é uma produção social”. E ainda: Estes aspetos recebem o reconhecimento se, a sociedade for entendida em termos de um processo dialético em curso, composto por três momentos: exteriorização, objetivação e interiorização. A sociedade e cada uma das suas partes são simultaneamente caracterizadas por esses três momentos. Importa referir que qualquer análise que considere apenas um ou dois deles é insuficiente. Na perspetiva do autor, Thomas Luckmann, a socialização primária -uma das vertentes da socialização, existem duas, primária e secundária- incidindo na criança tem um valor primordial e deixa marcas irreversíveis em toda a sua vida, tendo em conta que é em criança que se constrói o primeiro mundo de cada indivíduo. A criança aprende e interioriza a linguagem, as regras e as normas, a moral e os modelos comportamentais do grupo a que pertence. Como diz Thomas Luckmann “A criança pode participar no jogo com entusiasmo ou com mal-humorada resistência. Mas infelizmente não há outro jogo à vista.”. E na visão de Thomas Luckmann, o facto de não existir outro “jogo”, a criança sem possibilidade de escolha, automaticamente identifica-se com os adultos. Posso até referir que se trata de uma injusta desvantagem de