A sociedade capitalista moderna e a ética protestante.
Max Weber, considerado racionalista, investigou com neutralidade a influência das idéias religiosas protestantes sobre o comportamento econômico e sobre o consequente desenvolvimento do capitalismo. O sociólogo não faz críticas à ênfase no trabalho e à busca do ganho econômico pelos protestantes. Da mesma forma, não avalia as concepções católicas de rejeição aos assuntos mundanos. Na verdade, analisa a relação entre a religião e o aspecto econômico, demonstrando as influências recíprocas e na transformação da sociedade como um todo. Por fim, necessário ressaltar que apesar de não apresentar a questão de forma direta, o resultado da pesquisa do autor permite estabelecer conexões entre a ação social analisada e o próprio direito e deste com o capitalismo. Para a elaboração do presente artigo analisou-se a obra “A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo” e as concepções racionalistas de seu autor, Max Weber, acerca de temas por ele abordados e presentes na sociedade de nossa época, tais como capitalismo, burocracia, religião e direito. Resultados e Discussão Na obra “A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo” Max Weber demonstra a relação existente entre as concepções religiosas protestantes e o desenvolvimento do capitalismo na Europa, ressaltando o puritanismo inglês em seu capítulo V. Os fenômenos culturais no Ocidente apresentam linha de desenvolvimento de significado e valor universais em toda a História. Isso ocorreu no campo das ciências, por meio da sistematização, fundamentação e método. Do mesmo modo, com a organização de grupos sociais e políticos, a representatividade, a constituição racionalmente redigida, o capitalismo. No entanto, a busca pelo ganho, pelo lucro, não é exclusividade do capitalismo, é anterior a ele e comum à toda sorte de condições humanas. Neste sentido, Max Weber define a especificidade da ação econômica capitalista como “aquela que