a sociedade brasileira em transição
As relações que o homem trava no mundo com o mundo (pessoais, impessoais, corpóreas e incorpóreas) apresentam uma ordem tal de características que as distinguem totalmente dos poucos contatos, típicos da outra esfera animal. Entendemos que, para o homem, o mundo é uma realidade objetiva, independente dele, possível de ser conhecida. É fundamental, contudo, partirmos de que o homem, ser de relações e não só de contatos, não apenas está no mundo, mas com o mundo.
Paulo Freire
Paulo Freire aponta o conhecimento como produto das relações entre os seres humanos e destes com o mundo. Os seres humanos devem buscar respostas para os desafios encontrados nestas relações. Para isso devem reconhecer a questão, compreendê-la e imaginar formas de respondê-la adequadamente. Daí outras questões se colocam e novos desafios aparecem. Assim se constitui o conhecimento, ou seja, a partir das necessidades humanas."
● Objetivo central do capítulo: realizar uma análise histórica do momento de transição da sociedade brasileiro no período pré-Golpe de 64, no que se refere aos seus fundamentos sociológicos, econômicos e culturais.
● Síntese descritiva:
○ P.F inicia seu debate realizando uma distinção entre as características inerentes das interações do homem com o mundo e do animal com o mundo; ■ Caracteriza as relações homem-mundo com a acepção de relações
● "Para o homem, o mundo é uma realidade objetiva, independente dele, possível de ser conhecida", visto que é ser consciente. ● O homem está no mundo (ou seja, é um ser biológico, que faz parte da realidade natural), mas também está com o mundo (é um ser cultural aberto a realidade, a compreendê-la, a objetivá-la para poder conhecê-la).
■ Caracteriza as relações animal-mundo com a acepção contatos, “[...] modo de ser próprio da esfera animal [que implica], ao contrário das relações, em respostas singulares, reflexas e não reflexivas e
culturalmente