A sociedade antigamente
A sobrevivência da humanidade sempre foi a grande preocupação desde os tempos imemoriais. Desta necessidade de viver e explicar a vida, é que nascem os mitos da criação e posteriormente a Ciência.
A linguagem é diferente, os símbolos são diferentes, mas na sua essência, as idéias são as mesmas… Mitos de criação e modelos cosmológicos tem algo de fundamental em comum: ambos representam nossos esforços para compreender a existência do universo. Ao ler um artigo de um físico chamado Michio Kaku, confirmei uma conclusão que na verdade partilho com grandes nomes como o físico Marcelo Gleiser, cujas palavras cito acima e Teólogos como Leonardo Boff, Frei Prudente Nery que sempre diziam em suas aulas que a ciência que mais se aproxima da Teologia é a física. Fé e Ciência são duas maneiras diferentes de abordar o mesmo objeto: o mistério escondido na natureza ou o mistério velado e revelado de Deus.
Outras palavras dizem as mesmas coisas noutro sentido, outras respostas dadas às mesmas perguntas. Fé e Ciência não são dicotômicas nem paradoxais, da mesma forma que outrora os mitos da criação procuravam responder a grande pergunta antropológica: “De onde viemos e para onde iremos”. Hoje as teorias científicas se esforçam para encontrar uma resposta satisfatória para a mesma pergunta angustiante.
Assim como a humanidade Pré-científica, que existe ainda hoje, não consegue entender quase nada das explicações dos homens da ciência, a comunidade científica não pode crer na simplicidade da fé popular. Num ponto, porém, se encontram: o que as duas tem de respostas se resume basicamente em palavras ou teorias. Da mesma forma que pode se achar estranho crer que de um só homem, Ele (Deus) fez toda raça humana para habitar sobre a face da terra, tendo fixado tempos previamente estabelecidos e limites de sua habitação (At 17,26); também pode se achar loucura a teoria do Big-Bang e, muito mais ainda do universo em expansão que caminha para um fim hipergelado