A sociecidade se alto destruindo

SÃO PAULO - No ranking de transformações que marcaram a primeira década deste século, sem dúvida, os chamados reality shows figuram entre os destaques. Com uma mistura de voyeurismo e ansiedade de novas celebridades, os programas apresentados quase sempre fazem sucesso.

"An American Family" abriu margem para uma série de atrações pelo mundo, entre eles o "Big Brother Brasil", exibido pela Rede Globo de Televisão, que fez a estreia de sua décima quinta edição na última semana. As demais emissoras também apostaram na mesma receita de sucesso e entre os destaques deste modelo estiveram "Casa dos Artistas", "Troca de Família", "O Grande Perdedor", "lha da Sedução", "O Aprendiz", "Esquadrão da Moda", "A Fazenda", entre outros.

Talvez a convivência em grupo seja o ingrediente mais atrativo para os telespectadores, pois são desconhecidas as reações de pessoas "comuns" diante de diversas câmeras. O mesmo vale quando a atração é composta por famosos, pois neste caso é criado uma expectativa para cada um dos participantes.

O tal voyerurismo parece estar presente no cotidiano de todos, pois sempre é despertada a curiosidade de saber o que acontece no terreno dos outros. "Como será que é na casa do fulano(a)?", entre outras indagações que sempre pairam nos pensamentos das pessoas. Belos corpos, profissões diferenciadas, pensamentos diversos fazem parte das características dos participantes, justamente para despertar a atenção dos telespectadores que de um modo ou de outro acabam se identificando com um ou outro do grupo.

Mas o fenômeno deste realitymania também causou o tal movimento da celebridade instantânea. Exato: pessoas que saem do anonimato para marcar presença em programas televisivos e nas páginas de jornais e revistas. O mesmo programa que iniciou a cultura de tais programas no Brasil também foi o que mais promoveu celebridades instan- tâneas. Mas como dizem alguns especialistas em TV, somente os que nasceram com talento sobrevivem às telinhas.

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